Um povo que não sabe como reciclar seus dejetos, seus resíduos e o lixo produzido, é um povo que ainda não se esforçou para conhecer os mecanismos biológicos do formar, transformar e decompor, para novo formar, estabelecido desde sempre pelas leis naturais da Criação. Pela falta de planejamento e busca de soluções, lixo e esgoto se tornam um drama para as grandes cidades.
O abastecimento de água já representa uma séria ameaça. Nosso corpo é constituído de 80 por cento de água. Sem água não há vida, no entanto ela tem sido desperdiçada, poluída e contaminada, nos rios, nos mares e até no subsolo, tornando-se imprópria para uso.
É um triste espetáculo quando observamos que muitos rios estão carregando o peso de muito lixo e muitos dejetos humanos que são lançados, apodrecendo e decompondo-se a céu aberto com todos os inconvenientes, inclusive o odor desagradável, o que atesta o baixo índice de civilidade. É lamentável que isso esteja acontecendo inclusive com os rios que cortam a cidade de São Paulo.
Ricardo Winicki, bicampeão de windsurfe disse que quando leva um estrangeiro para treinar na baía, fica envergonhado com o lixo que se prende na quilha e esgoto que se espalha no cenário como se fosse um vaso sanitário. (Em O Globo).
É ainda mais flagrante quando as galerias pluviais, não suportando o volume de água, estouram, lançando na via pública água imunda e fezes humanas. É uma coisa muito triste. Mas, na Avenida Beira Mar, na Bela Fortaleza, o que foi dado a observar nessas semanas de muita chuva, foi muito feio: toda a sujeira, todo o caos urbano bem à mostra dos moradores e turistas. Alguns restaurantes deixaram de receber clientes que fugiram assustados com a cena horripilante.
Cabe ao ser humano capacitar-se para contribuir conscientemente para embelezar continuamente seu lar, seu bairro, sua cidade, enfim, o mundo em que vive. A melhora do futuro é possível, a piora também, a escolha é nossa.