
Basicamente, o reconhecimento das coisas começa no berço. A criança começa a ter contato com várias coisas, aprendendo a denominar cada objeto e a entender sua serventia. Aquilo que uma pessoa nunca viu, é como se não existisse.
Percebe-se, nitidamente, a forte ligação entre mãe e filho na primeira infância. A criança precisa desse aconchego, porém a mãe não pode esquecer que seu filho vai se tornar adulto e que deverá se preparar para agir de forma autônoma.
Atualmente, as crianças adquirem grande parte de seu aprendizado através da televisão, vendo o que é real e o que é imaginário ou falso, mas nem sempre conseguem distinguir um do outro, como é caso do menino Jack, no filme O quarto de Jack, que até os cinco anos nunca tinha saído do pequeno quarto onde vivia com sua mãe. Quando Jack atravessou a porta, que era mantida sempre fechada, pôde ver o lado concreto da vida. No entanto, viu coisas que não o agradaram.
Do lado de fora, logo Jack foi sendo introduzido no mundo do consumo. Embora o confinamento em que vivia fosse uma aberração limitadora, ele recebeu boa educação. Sabia que vivia na Terra, um planeta azul e verde, porém ninguém lhe dava explicações sobre o significado da vida; sobre a razão de estar neste planeta; de onde ele veio e para onde irá após a morte.
As novas gerações, como as anteriores, vão passando pela vida sem saber exatamente por que e para que vieram, não raro caindo em desânimo e depressão, quando deveriam amar a vida, alegrar-se permanentemente com essa maravilhosa oportunidade de evoluir, alegrar-se como gratidão por essa dádiva do Criador de Todos os Mundos. Disso decorre a necessidade de que sejam feitos todos os esforços para formar seres humanos de qualidade, autônomos, atentos, com raciocínio lúcido e clareza no pensar, com a visão da vida ampliada através de reflexões intuitivas, para que se libertem de tudo que é falso, e tenham uma vida construtiva e beneficiadora.