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O quarto de Jack

Benedicto Ismael C. Dutra
12/03/2016



 Basicamente, o reconhecimento das coisas começa no berço. A criança começa a ter contato com várias coisas, aprendendo a denominar cada objeto e a entender sua serventia. Aquilo que uma pessoa nunca viu, é como se não existisse.
 
Percebe-se, nitidamente, a forte ligação entre mãe e filho na primeira infância. A criança precisa desse aconchego, porém a mãe não pode esquecer que seu filho vai se tornar adulto e que deverá se preparar para agir de forma autônoma.
 
Atualmente, as crianças adquirem grande parte de seu aprendizado através da televisão, vendo o que é real e o que é imaginário ou falso, mas nem sempre conseguem distinguir um do outro, como é caso do menino Jack, no filme O quarto de Jack, que até os cinco anos nunca tinha saído do pequeno quarto onde vivia com sua mãe. Quando Jack atravessou a porta, que era mantida sempre fechada, pôde ver o lado concreto da vida. No entanto, viu coisas que não o agradaram.
 
Do lado de fora, logo Jack foi sendo introduzido no mundo do consumo. Embora o confinamento em que vivia fosse uma aberração limitadora, ele recebeu boa educação. Sabia que vivia na Terra, um planeta azul e verde, porém ninguém lhe dava explicações sobre o significado da vida; sobre a razão de estar neste planeta; de onde ele veio e para onde irá após a morte.
 
As novas gerações, como as anteriores, vão passando pela vida sem saber exatamente por que e para que vieram, não raro caindo em desânimo e depressão, quando deveriam amar a vida, alegrar-se permanentemente com essa maravilhosa oportunidade de evoluir, alegrar-se como gratidão por essa dádiva do Criador de Todos os Mundos. Disso decorre a necessidade de que sejam feitos todos os esforços para formar seres humanos de qualidade, autônomos, atentos, com raciocínio lúcido e clareza no pensar, com a visão da vida ampliada através de reflexões intuitivas, para que se libertem de tudo que é falso, e tenham uma vida construtiva e beneficiadora. 
 



Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Hotel Transamerica Berrini e é associado ao Rotary Club de São Paulo. É articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. É também coordenador dos sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br, e autor dos livros: “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”;“2012...e depois?”;“Desenvolvimento Humano”; “O Homem Sábio e os Jovens” ,“A trajetória do ser humano na Terra – em busca da verdade e da felicidade”; e “O segredo de Darwin - Uma aventura em busca da origem da vida”(Madras Editora). E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7
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