A sociedade humana está enferma, vive de hipocrisia e ilusão, e não suporta o contato com a verdade. No filme Conspiração e Poder, Mary Papes, vivida por Cate Blanchett, é uma produtora da televisão americana CBS, sempre ávida por encontrar notícias impactantes. Ela obteve documentos relativos a manobras da família Bush para que o então candidato a presidente dos Estados Unidos, George Bush, não tivesse de participar nos combates da Guerra do Vietnã.
Ingênua, como muitos americanos que acreditam nos sonhos do bom caráter da humanidade, Mary levou seu projeto à frente, em ano eleitoral, época em que se decide o destino de um país, até que este fosse exibido no badalado programa 60 Minutos. Ora, isso foi como cutucar vespeiro, pois a humanidade vive de falsas aparências, e quando a verdade é posta a mostra, reage ferozmente. Como dizia o político e ecologista norte-americano Al Gore, em seu esforço para alertar a humanidade sobre os efeitos do aquecimento global, a verdade é inconveniente. Não é difícil imaginar que pressões a equipe de Mary passou a enfrentar, inclusive o âncora Dan Rather (Robert Redford). O filme mostra os bastidores da TV, seus interesses e sua rigidez, num mundo enfermo onde nada é isento e sempre há um objetivo velado para conduzir a massa apática, e a verdade é o que menos interessa, pois a humanidade ainda se mantém distante do grande ideal de administrar tudo de forma certa, em conformidade com as leis do Criador, a fim de que a paz e o progresso possam se instalar para o bem dos povos.