De forma imprevista, Londres sofre um forte ataque terrorista. É o que ocorre no filme Invasão a Londres, uma ficção que focaliza os sentimentos de medo, ódio e vingança que se espalham pelo mundo desde longa data, tendo como base a pequenez humana e a ânsia de dominar.
Se voltarmos no tempo, podemos analisar que houve muitos episódios de incompreensão e discórdia. Após a morte de Jesus, nos anos 70 d.C. o exército romano atacou Jerusalém destruindo o Templo. Nos séculos seguintes, surgiu uma organização religiosa distinta da crença dos judeus. Na trajetória da humanidade muitos eventos contribuíram para a geração de discórdias, medos, ódios e vingança, tais como o sistema de mão de obra escrava na época do colonialismo; a Inquisição, cerceando a liberdade daqueles que não queriam se submeter aos dogmas; as guerras do século 20; a criação do Estado de Israel, que poderia ter promovido a conciliação entre irmãos, mas ao contrário, gerou conflitos. No decorrer dos séculos o mundo se tornou um caldeirão de formas de sentimentos e pensamentos explosivos de intolerância que vão crescendo com os desejos de vingança e retaliação.
Em vez do Amor à humanidade, conforme as palavras de Jesus - “ama ao próximo como a ti mesmo” -, e sem consideração à ética indicada por Abdruschin, que chegou a ser detido pelos nazistas por se opor ao tratamento dado aos judeus - “de não fazer ao próximo o que não faria a si mesmo nem lhe causar sofrimentos para satisfazer a própria cobiça”-, surgiu o amor ao dinheiro desfigurando a trajetória de progresso real e o aprimoramento humano. O filme mostra que ódios e violências estão soltos pelo mundo. Uma aventura bem estruturada com coragem e ousadia, que prende a atenção dos espectadores ansiosos por justiça e liberdade, mas que comprova que sem a efetiva força de vontade, fica difícil estabelecer a paz e o progresso para a alegria dos seres humanos.