Warcraft - o primeiro encontro de dois mundos é um filme que tem algum fundo de verdade, mas se apresenta de forma confusa que esconde a lógica. Como outros filmes, barulhos e efeitos especiais não escondem a falta de uma história verossímil. Baseada na série de jogos eletrônicos Warcraft, da Blizzard Entertainment, essa fantasia épica mostra o conflito entre humanos e os orcs ocorrido em Azeroth, o mundo fictício onde acontecem os jogos da série.
Tentando fugir do óbvio e vendo a narrativa sob uma nova ótica, o que seriam os Orcs? Poderiam ser seres humanos que perderam a sua essência, embruteceram e decaíram. O guardião deveria ser a figura que estabelece a conexão com o mundo mais elevado e zela por isso, impedindo a entrada de influências malignas que visam a destruição. Mas o portal do submundo se abre com a decadência da humanidade, conectando os dois mundos – Azeroth e Draenor - permitindo a subida dos monstros que deveriam purgar em seu mundo inóspito para readquirir a condição humana.
Bem faria a Universal, se na provável continuação esperada pelos aficionados do game, tornasse os Orcs humanos através do pequeno "Moisés" o filho lançado ao rio pela mãe aflita, sem esquecer, naturalmente, de extrair-lhes os horríveis dentes caninos, e em mútua cooperação, possibilitasse a melhora geral e a evolução da espécie humana, em paz e progresso, restabelecendo a conexão com os mundos de Luz e felicidade.