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A nona sinfonia de Beethoven


01/07/2016



 Em 16/03/2016 o Rotary Club de São Paulo em sua 35.ª Reunião Ordinária da Gestão 2015-16 recebeu como palestrante do dia o Maestro Sérgio Molina, que falou ao Clube sobre a Nona Sinfonia de Beethoven. Falamos de uma grande obra que foi construída, composta há quase 200 anos e que estreou 100 anos antes da criação do Rotary, ou seja, um grande mestre da música alemã compôs uma sinfonia que foi estreada em Viena há quase 200 anos para outras pessoas, num outro lugar, com outro clima. Como podemos na São Paulo de hoje, em 2016 nos aproximarmos um pouco mais de uma obra dessa e quais seriam os caminhos para essa escuta? Certamente todos conhecem algum trecho da Nona Sinfonia de Beethoven, dessa arte que esse grande compositor criou. Beethoven foi um compositor alemão nascido em 1770 em Bonn e morreu em 1.827 em Viena. Essa sinfonia é de 1824, ele a compôs ao longo de doze anos, porém ela estreou apenas três anos antes da sua morte; foi sua última sinfonia.

 Beethoven faz parte de um universo que por aqui chamamos de música clássica; nos acostumamos a chamar esse gênero “de música de concerto”, música erudita, música clássica. O classicismo foi um período de três compositores, iniciado por Joseph Haydn, um compositor austríaco, depois levado adiante por Mozart até a chegada de Beethoven; o maior revolucionário do gênero. Beethoven fez com que o classicismo fizesse a passagem para o romantismo. Podemos dizer que por várias características, a nona sinfonia já seria uma sinfonia romântica e não mais clássica. Daí a importância do classicismo para o entendimento da música clássica. A música clássica ficou assim bem delineada e conhecida graças a esses três compositores, Joseph Haydn, Wolfgang Mozart e Ludwig van Beethoven. Esses três compositores emanciparam a música da palavra, ou seja, até o final da renascença, o começo do barroco, a música acompanhava textos. Quase que não existia a ideia de uma música instrumental, uma música altamente elaborada, que dispensasse o uso da palavra. Haydn foi o primeiro compositor a apostar na ideia de que a música pudesse ser de fato instrumental. Johann Sebastian Bach já havia tentado fazer coisas muito interessantes, mas boa parte da obra de Bach ainda são cantatas, são músicas para cultos da igreja protestante e muitas vezes ligada à palavra e muitas vezes a palavra da bíblia. Haydn compôs 108 sinfonias, Mozart 41 sinfonias e Beethoven só 09. Só que essas nove, de certa maneira, podem marcar o conteúdo das mais de 100 de Haydn, que foi seu pro- fessor no curto período de vida de Beethoven.

 E o que é uma sinfonia? A sinfonia é uma grande obra para orquestra e tem por vocação ser a obra mais grandiosa possível. Compositores do século 20 costumavam dizer que uma sinfonia deve conter o mundo. É a obra na qual se procura representar todo universo, do contexto da vida, do momento em que se está vivendo. E como trazemos tudo isso para dentro de uma obra que vai ser escrita para o maior número de músicos possível? Com Beethoven a orquestra sinfônica foi crescendo; ele inseriu os trombones na orquestra, aumentou em grande quantidade o número de violinos, violas e violoncelos, tudo para que o som ficasse maior, mais vibrante. A partir de Beethoven a história da música passou a ser dividida entre antes e depois de Beethoven. De certo modo, até hoje todos os compositores querem ser Beethoven, ser aquele que consegue traduzir para a música o momento vivido e de um certo modo ser fiel a isso até às últimas consequências. Certamente essa obra vai permanecer para gerações subsequentes, como exatamente o que acontece até hoje; duzentos anos depois, falando sobre a música que ele compôs em Viena. Áudio completo da palestra no site do Clube em www.rotarysp.org.br, podcast.

Comissão do Boletim Servir Colaboração Rotaract Club de São Paulo Espro




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