A lenda de Tarzan recebeu uma nova versão mais realista inserindo a África no contexto da exploração feita pelo homem “civilizado”. Tarzan, criado na floresta, tinha seus sentidos mais desenvolvidos, força física e agilidade. Respeitava a floresta e os animais, aos quais se sentia intimamente ligado. Entre eles havia amizade pura e confiança, o que não ocorria com os conquistadores que invadiram o Congo, sequiosos de riquezas, às quais julgavam ter direito, mesmo precisando matar e dizimar animais e tribos inteiras de africanos, roubando-lhes a liberdade, escravizando-os.
Do marfim, que obtinham matando manadas de elefantes, ao diamante e outras preciosidades, eram resultados dos saques e matanças. Triste memória do Rei Leopoldo da Bélgica e seus asseclas sanguinários, que tudo faziam para arrancar a riqueza para satisfazer sua cobiça. Mas não só a Bélgica, como várias nações europeias, se embrenhou pela África para extrair suas riquezas com o uso da força, sem oferecer nenhuma retribuição. O filme agrada porque, mostrando belos cenários da natureza, segue a lei da vida, dando a cada um a merecida colheita de tudo o que semeou.