Tem-se a impressão que todo mundo já sabe como é o começo do filme
Doutor Estranho, baseado no personagem do mesmo nome das histórias em quadrinhos da Marvel Comics, personificado no cinema pelo ator Benedict Kumberbach. Na trama, Stephen Strange representa um neurocirurgião de sucesso que faturou bom dinheiro com cirurgias ousadas e se tornou um ser humano arrogante que só acredita na matéria como fonte de vida. Dono de um carro especial, certo dia acelerou fundo e, num momento de distração, sofreu um grave acidente mas não chegou a perder a vida, embora perdeu os movimentos das mãos.
Depois de várias tentativas infrutíferas e não tendo conseguindo a recuperação, o médico vai para Catmandu, no Nepal, onde encontra uma anciã que lhe ensina que a força está no espírito, o qual precisa da energia curativa proveniente da Luz para manter o corpo sadio; que a matéria é poeira, que o mundo é regido pelas leis naturais da Criação e que o homem, formado pelo pó da Terra, vivificado pelo espírito, ficou subjugado pelo ego e a arrogância do raciocínio incapaz da mínima vibração intuitiva, e lamentavelmente se deixou envolver pelas trevas.
Até aí tudo bem, mas depois entra a fantasia que esbarra na realidade, e ao mesmo tempo se distancia dela misturando antigas profecias e escritos mal compreendidos, temperados por estrepitosos efeitos especiais. Porém, quando o Doutor Estranho atacado mortalmente por Kaecilius (Mads Mikkelsen), precisando dos cuidados da Doutora Palmer, ele mostra a ela o seu corpo astral que une o espírito ao corpo terreno através da alma.
O mundo tem um centro de irradiação da força do Criador e os seus guardiões, mas o inimigo da Luz formou as trevas e o mundo da ilusão na esfera material para seduzir, através do raciocínio, muitos seres humanos dominados pela vaidade e cobiça, e com a ajuda deles, impedir a iluminação dos espíritos que receberam a Criação para usufruto e desenvolvimento por um determinado período de tempo, mas que em vez de beneficiar e embelezar tudo, agiram de forma devastadora, atraindo sofrimento e miséria. E quanto mais o tempo se aproxima do limite, mais o inimigo vai erguendo a cabeça, seduzindo bilhões para a decadência, como Kaecilius o aprendiz que se entregou ao inimigo para auxiliar na desvalorização da humanidade que não se esforçou para obter progressos no saber sobre a atuação da Criação.
O Doutor Estranho lembra a lenda do Cavaleiro que desce ao mundo das sombras para enfrentar o dragão do mal. Mas a humanidade já havia cedido aos engodos dele, e mesmo com o dragão algemado, a decadência não foi detida. No entanto, quem não respeita as leis naturais vai arcar com as consequências e terá de lidar com o efeito dos golpes da espada julgadora em sua ação de purificação da Terra. As leis naturais são simples e estão nitidamente visíveis na física, química, biologia. As mais conhecidas são a lei da gravidade, da atração da igual espécie, do movimento e da reciprocidade. Reconhecidas e respeitadas, essas leis capacitam o ser humano a produzir dez vezes mais obras duradouras para fortalecer a paz e a alegria. Quem sabe, na continuação da saga, o Doutor Estranho possa descobrir essa verdade e outras mais, para fortalecer e curar a humanidade doente.