No Brasil, o filme
A Bela e a Fera, versão 2017 produzida pelos estúdios Disney, foi incluído na categoria de não indicado para menores de 10 anos. Na Malásia, o filme só foi indicado para maiores de 13 anos e, na Rússia, foi considerado impróprio para menores de 16 anos. A restrição sobre a faixa etária teve como justificativa a apresentação de um momento dito “gay”, referente ao ajudante LeFou (Josh Gad), braço-direito de Gaston (Luke Evans), que se mostra confuso sobre seus sentimentos e sua sexualidade.
Talvez russos e malaios estivessem preocupados com os efeitos sobre o comportamento das crianças que inconscientemente imitam tudo o que veem. O cientista Charles Darwin pesquisou o instinto imitativo existente nos animais e nos humanos. Ambos aprendem por imitação. Então, eles precisam de modelos adequados para copiarem até que, com seu próprio discernimento, assumam as atitudes que julgarem mais apropriadas. Eis aí a grande importância de oferecer modelos edificantes para as crianças.
Bela (Emma Watson) revela ser dotada de maturidade e discernimento em comparação com os outros habitantes da vila que estão presos a uma visão tacanha e mediocrizada da vida. Gaston revela a arrogância e a prepotência das pessoas que se julgam melhores do que as outras por possuir riqueza. Fora isso, trata-se de uma bela história de amor, desenvolvida em cenários adequados, temperada com efeitos estressantes em algumas cenas pela velocidade dos quadros, mas cujo desfecho mostra a vitória do bem sobre o mal e que tem o bom exemplo de Bela como leitora apaixonada pelos livros.