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A corrupção e a crise da humanidade

Benedicto Ismael C. Dutra
26/05/2017



Neste mundo tumultuado por interesses conflitantes, o poder financeiro no livre mercado confronta-se com o poder financeiro do capitalismo de Estado. Nesse meio muitas coisas estão mudando, mas se no livre mercado a liberdade é restrita, no capitalismo de Estado só há deveres, não há liberdade nem direitos com o Estado comandado pelos donos do poder que podem tudo. Pairam incertezas quanto ao futuro. 
 
No Brasil, a tendência é para o capitalismo de Estado mafioso, dominado pela corrupção e acordos espúrios com o dinheiro público. Governo e atividade econômica não deveriam se imiscuir, pois só promovem a corrupção para benefício de poucos e miséria para o restante da população. Os estadistas brasileiros não se dedicaram seriamente ao bem do país. O Brasil estaria em outra situação, mais desenvolvido e com humanidade se tivesse sido administrado por governantes sérios e competentes empenhados na conquista do progresso real. Mas isso se deve, também e infelizmente, pelo despreparo dos cidadãos brasileiros.
 
Estamos atravessando uma lamentável situação. Qual a saída? Os Congressistas aprovarão eleição direta e irão perder a oportunidade de escolher o presidente ao seu feitio? Mas se for aprovada, quem seriam os candidatos? Os pais da Pátria no Congresso deveriam pensar no bem do Brasil carcomido pela corrupção e bloquear de vez a possibilidade do país cair no Capitalismo de Estado Mafioso, sem liberdade nem direitos, em que só há negociatas para os membros da quadrilha enquanto a desigualdade social vai levando o país para a ingovernabilidade, acabando de vez com as aspirações das famílias que lutam por um Brasil melhor.
 
O partido dos cidadãos deve ser o do Brasil. Raramente os gestores públicos se preocuparam com o equilíbrio das contas internas e externas, boa educação das novas gerações  e preservação da natureza. As transas corruptas  vão de juros, swaps cambiais, benefícios especiais, obras superfaturadas, privatizações pouco idôneas,  que se de um lado devam ser feitas, de outro requerem um rígido controle da lisura na transferência dos patrimônios públicos.
 
A jornalista Sarah Chayes faz em seu livro Ladrões do Estado um levantamento dos estragos causados pela corrupção, que segundo ela se agravou muito com o fortalecimento do individualismo egoístico colocando o ganho como a prioridade da vida, e devido às oportunidades criadas com a abertura da globalização que acabou expatriando o dinheiro que antes ficava mais circunscrito aos limites dos territórios dos Estados. A displicência financeira foi tal que acabou contribuindo para as crises de 2007 e 2008. Lideranças corruptas assumem o poder e vão cavando um abismo nas finanças, abocanhando toda a riqueza.
 
A humanidade perdeu o rumo. São considerados bons os países que acumularam reservas em dólares e, errados, os endividados, com exceção dos EUA que produzem dólares. Trata-se de uma medida do progresso distante da verdadeira evolução, da paz e do aprimoramento da qualidade humana. A degradação do Rio de Janeiro é outro reflexo da decadência geral da humanidade que tem agido com displicência a respeito do significado da própria vida, pois sua tarefa é buscar a compreensão da lógica que reside na Criação e suas leis e, amparada nelas, agir de forma construtiva.
 
Há dois milênios os seres humanos já mostravam sua má vontade em seguir os caminhos da evolução espiritual, despencando na rota escura do embrutecimento, perdendo as características que fazem do homem um verdadeiro ser humano. Jesus de Nazaré, o Emissário da Luz, veio para trazer a luz da verdade das leis de Deus na Criação; não criou nenhuma religião, ao contrário se contrapôs aos sacerdotes que manipulavam a população com crenças erradas. Jesus apontou para o Deus único, o Criador, exortando os seres humanos para perscrutar a Vontade de Deus que se inscreve nas leis da Criação: colhereis o que semeardes multiplicadamente. Depois vieram as religiões que, envolvidas com o poder terreno, criaram suas próprias leis. A oração: “Seja feita a Tua vontade, assim na Terra como no céu” implica em compreender e observar as leis da Criação, pois a Vontade de Deus reside nessas leis.
 
Depois de Moisés, de Maomé e de Jesus de Nazaré a humanidade recebeu a Mensagem do Graal Na Luz da Verdade, de Abdruschin, originalmente impressa no idioma alemão e traduzida para vários idiomas. Ela indica o caminho certo reunindo o saber da Criação numa verdadeira enciclopédia sobre a origem e significado da vida, até agora pouco conhecida. Quando ela for compreendida e vivida, logo será reconhecida pela humanidade, pois será como se fossem lançadas as sementes do bem para colher o bem multiplicadamente. Hoje prevalecem sementes ruins do mal que separam a humanidade da Luz, mas a colheita está sendo acelerada, conforme a Mensagem do Graal, Submissão: “Trata-se do poder, que em breve atemorizará os seres humanos que no futuro terão de temer! Mas só terão de temer deveras aqueles que agiram errado. Se eles se julgarem certos aí, ou pretenderem fazer os outros acreditar nisso, isso não as salvará do golpe do efeito retroativo que atua nas leis de Deus!” Que o Brasil possa se tornar de fato uma pátria iluminada de paz, progresso e felicidade. 
 



Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Hotel Transamerica Berrini e é associado ao Rotary Club de São Paulo. É articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. É também coordenador dos sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br, e autor dos livros: “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”;“2012...e depois?”;“Desenvolvimento Humano”; “O Homem Sábio e os Jovens” ,“A trajetória do ser humano na Terra – em busca da verdade e da felicidade”; e “O segredo de Darwin - Uma aventura em busca da origem da vida”(Madras Editora). E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7
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