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CHUVA E HAITI

Benedicto Ismael C. Dutra
29/01/2010



Chuva, muita chuva. O Pacífico e o Atlântico se aquecem, e as nuvens avançam para o continente, levando muita água para os campos e cidades. As regiões mais baixas inundam, mostrando a precariedade em que as cidades cresceram. Há muito por fazer. Notável a atuação de moradores num bairro de São Paulo, onde eles tomaram a iniciativa de desobstruir as passagens da água entupidas pelo lixo. Somos todos responsáveis e temos de encontrar os meios de melhorar as condições de vida.
 
Está havendo um acirrado debate sobre a liberdade de imprensa. No entanto a imprensa livre é um dos mais importantes sustentáculos da democracia, embora algumas vezes, ao explorar o mundo “cão” ela extrapole, fomentando o descontentamento e desesperança sem, no entanto desenvolver um programa sério de melhoria geral. Basta ficar apontando culpados. As enchentes tem sido prato cheio do sensacionalismo, mas ao longo dos últimos anos pouco se fez no sentido de educar as populações e exigir das autoridades um planejamento digno para o crescimento das cidades e ocupação do solo.

Temos apenas uma Terra e dela devemos cuidar. Só aqui existem as necessárias condições para a vida humana, não adianta ficar imaginando que com muito dinheiro poderíamos fugir para outro planeta. Por isso cuidar da Terra deve ser a nossa prioridade, mesmo que tenhamos que modificar muitos usos e costumes inadequados para esta época de restrições criadas pela desconsideração às leis da natureza que sustentam a vida.

Quanto ao Haiti, o presidente do Senegal, Abdoulaye Wade deu um tom original: “Temos que lhes oferecer a chance de vir para a África. Eles têm tanto direito à África quanto eu”, disse ele.

Olha aí uma idéia bem original com muita profundidade. O povo do Haiti é uma consequência de erros do passado. As nações se mobilizam para prestar ajuda humanitária. No entanto, além de obter a melhora das condições materiais, as novas gerações precisam querer ardentemente alcançar a melhora geral, como seres humanos de valor que buscam a evolução integral, e não apenas ao atendimento das necessidades básicas, para que resgatem o eu interior e a sua individualidade. Os escombros do Haiti representam um chamado de alerta para a humanidade despreocupada com o significado da vida, e acomodada nas benesses do sistema financeiro global em vias de ruptura anunciada.A África também precisa da ajuda dos paises desenvolvidos, como resgate daqueles erros.



Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Hotel Transamerica Berrini e é associado ao Rotary Club de São Paulo. É articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. É também coordenador dos sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br, e autor dos livros: “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”;“2012...e depois?”;“Desenvolvimento Humano”; “O Homem Sábio e os Jovens” ,“A trajetória do ser humano na Terra – em busca da verdade e da felicidade”; e “O segredo de Darwin - Uma aventura em busca da origem da vida”(Madras Editora). E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7
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