A nova versão cinematográfica do romance de Agatha Christie apresenta imagens interessantes que seguram o olhar do espectador. Esperava-se por mais emoção, porém houve um aprisionamento da frieza dedutiva de Poirot. Ao final, a lei da reciprocidade - colher o que foi semeado -, foi posta de lado partindo-se para um olho por olho, dente por dente.
A tendência para levar o desalento para as telas desagrada ao público, mas insiste em estar presente como fruto desta época desvairada. Os seres humanos devem buscar viver autenticamente sempre visando o bem.
Em seu entorpecimento, as pessoas vão se acomodando com a vida rotineira como sonâmbulos, perdendo o estímulo para definir propósitos e ir atrás, e a iniciativa que deveria buscar a realização de sua vontade intuitiva que se encontra paralisada. No entanto, de todos os lados, a mente recebe, principalmente da mídia, lembretes que impulsionam os indivíduos a agirem: alguém fumando ou bebendo, brigando, xingando, comprando algo, e tantas coisas mais que não levam a lugar nenhum. A vida vai transcorrendo na mediocridade paralisante, carecendo de lembretes positivos tais como ajudar alguém, ler um bom livro, falar uma palavra amiga, procurar o real sentido da vida.