Será que a Internet enfraquece o nosso poder de concentração? As gerações anteriores a esta gama tecnológica digeriam livros e destrinchavam artigos extensos com muita facilidade e gosto. Precisamos nos aprofundar na leitura, absorver o sentido das palavras para compreendê-las bem. Isso despertará em nós uma noção intuitiva cheia de lampejos e possibilitará a captação de todo conteúdo, mas, para dar condições para que isso aconteça, temos que fazer pausas para pensar com maior clareza.
Atualmente, as pessoas ficam irrequietas muito rapidamente. Perdem, por várias vezes, o foco na leitura e não conseguem manter atenção. É preciso desenvolver a capacidade de concentração e reflexão intuitiva, deixando a mente funcionar livremente, sem distrações inoportunas ou pensamentos obsessivos.
Temos que usar de simplicidade no pensar. Se não conseguimos isso, a receita é tentar esvaziar a mente, acalmá-la, permanecendo em estado de meditação. A tecnologia não substitui o conhecimento da natureza, que é a base de tudo o que utilizamos e fazemos. Dotada de plena sabedoria, ela é a fonte para os processos da mente, pois obedece ao ritmo natural. A clareza mental atrai pensamentos lúcidos e proveitosos.
Quando aceleramos o pensar, a sobrecarga de informações, como a própria palavra já diz, “sobrecarrega” a mente, produzindo falhas e percepções errôneas. A mente pode ser desenvolvida, mas interferir no seu ritmo natural pode ser danoso para a cabeça e para a memória. A grande mobilidade está na intuição. O raciocínio deve trabalhar sobre a visão dada pela intuição, porém ele (o raciocínio) não tem a capacidade para visualizar o caminho, por ser uma ferramenta que trabalha em cima das informações e dados. Sua função é ajustá-los à visão.
Por ignorância e engrandecimento do raciocínio, nos afastamos da intuição. Agora o cérebro apresenta as suas limitações, e a sobrecarga afeta nossa saúde física e emocional. A intuição, atuando em seu modo correto, é a nossa essência do saber. Ela é o melhor guia para a escolha de caminhos na vida e tomada de decisões, pois está capacitada para medir e pesar tudo em segundos e entregar a execução para o raciocínio.