O outrora inspirador cenário das cidades grandes já não é mais o mesmo e está passando por transformações surpreendentes. O excesso de pessoas, automóveis e lixo já é preocupante em muitas delas, criando uma pressão desgastante. Mas o que assusta mesmo é o aumento da violência. Assaltos, brigas e tumultos roubam a nossa serenidade e tornam a vida cada vez mais difícil e perigosa. O Rio de Janeiro está se notabilizando pela falta de respeito e segurança: O comentário do secretário de Segurança do Rio de Janeiro, Mariano Beltrame, está rodando pelo mundo. “Segundo o secretário de Segurança, 'não existem soluções' mágicas para acabar com a violência de uma cidade com mais de mil favelas, dominadas até hoje, exceto uma dezena delas, pelo poder paralelo dos narcotraficantes, melhor armados geralmente do que a polícia”.
Ao invés de buscar esclarecimento e elucidação, novamente a humanidade se encontra diante das trevas da confusão e desorientação. Parece que as pessoas estão sendo afastadas da realidade ou simplesmente fugindo dela. Poucos ensinam, poucos aprendem. Muitos se distraem com filmes e telenovelas ou com as inúmeras e incompreensíveis tragédias da vida.
As novas gerações se envolvem em baladinhas mais leves ou mais pesadas, com vodca açucarada e gelo, ou drogas mais fortes, entregando-se com frenesi como se cada noite fosse última, como se o mundo fosse acabar e não houvesse tempo para mais nada a não ser entregar-se desvairadamente aos prazeres, sem responsabilidade nem compromisso. Outra parcela vai aos estádios de futebol para promover brigas e confrontações, sem que haja tempo para os livros, tão importantes para o crescimento pessoal.
Outra forma utilizada para fugir da realidade é a febre dos videogames, em edições cada vez mais sangrentas e violentas, mas como um negócio rentável que oferece bom lucro. Há alguns tão violentos e explícitos que causam náuseas até nos que se colocam como amantes do gênero.
Quando assistimos a um filme como “Os Mercenários”, de Sylvester Stallone, vemos muitos corpos tombando ensanguentados, mas quem dá o tiro são os personagens. Muitas pessoas se chocam com a brutal violência, outros vão se tornando insensíveis, fascinados diante de armamentos altamente destruidores. Mas no videogame, quem aperta o gatilho é o jogador, que vai matando e espalhando sangue na tela sem parar. Os críticos que temiam o efeito negativo dos jogos violentos sobre a humanidade acabaram emudecendo, mas a realidade urbana em países como o Brasil vai se tornando cada dia mais violenta. Crimes hediondos estão acontecendo por banalidades.
Assim, o que se vai espalhando pelo mundo é uma massa de pensamentos confusos e desordenados que vão atraindo a igual espécie. Temos subestimado a importância dos pensamentos, permitindo que o pessimismo prevaleça. Pensamentos negativos e destrutivos dominam o ambiente. Fugir da triste realidade que ajudamos a construir com evasivas, não resolve nada. O que temos de fazer é buscar a melhora, esmerando tudo o que fizermos, seja trabalho ou estudo. Precisamos estar atentos aos pensamentos e palavras que expressamos, bem como às nossas atitudes, pois só conservando limpo o foco dos pensamentos, pensando de forma positiva e criativa, é que poderemos estabelecer a paz e a felicidade ao nosso redor.