De Bill Clinton a Busch; de Blair a Bin Laden; de Chavez a Ahlmejadin; de Fernando Henrique a Lula, todos eles têm exercido forte influência nos contornos da história de nossos dias. No Império Romano, Nero foi um péssimo modelo entregando-se aos vícios e sujeitando-se aos caprichos de homens e mulheres depravadas.
A responsabilidade dos líderes é contribuir para o aprimoramento da população do seu país e, consequentemente, da sociedade humana, exercitando o poder para o bem de todos.
A vida humana perdeu a naturalidade e tudo foi seguindo direção errada. Hoje surgem as consequências disso. A maioria não vive como deveria, apenas sobrevive.
Como membros da sociedade humana, todos ansiamos em participar de algo maior que seja compartilhado e não fique restrito a uma minoria. De novo a humanidade se polariza: castas mais ricas de um lado e as mais pobres de outro. E disso se prevalecem os líderes, cujo papel seria o da integração e não a apartação com todos os seus perigosos efeitos preconceituosos. O senso de comunidade que já tivemos, acabou sendo perdido ao longo do tempo com a redução da estatura ética e moral de muitos líderes que puseram de lado o bem comum e a solidariedade, visando prioritariamente os objetivos pessoais. Não será de estranhar se esses líderes não conseguirem visualizar soluções duradouras para as questões humanas, permitindo a gestação de conflitos que poderão tender para um conflito global. A turbulência dos acontecimentos está derrubando muitos paradigmas tidos até então como intocáveis.
Muitos líderes estão adotando métodos inflexíveis e suas decisões são tomadas de forma mecânica sem que ouçam com sinceridade a intuição e os reais interesses da população. Não se preocupam com o surgimento de desconfiança e inimizades entre superiores e subordinados. Não se preocupam em promover o equilíbrio entre todas as camadas sociais da população, permitindo a insubordinação e o colapso em muitas áreas. Isso tudo conduz para o caos e a desorganização absoluta.
O poder se transformou num jogo no qual prevalecem astúcia e dissimulação, encobrimento dos atos com cortinas de fumaça e a busca do momento certo para atacar. Não se fazem embates claros e objetivos das idéias. Mostrar as mazelas dos oponentes é tido como mais apropriado. Mas isso tudo agora vai se tornar secundário porque as condições ambientais do planeta estão em desequilíbrio: a destruição das florestas e o aquecimento global estão provocando as alterações climáticas que ameaçam a sobrevivência das espécies, inclusive a humana. Quando vamos às compras nos mercados, nem sempre percebemos que a natureza nos tem oferecido a mesa sempre posta. Será preciso que as prateleiras fiquem vazias sem os frutos da natureza, para percebermos isso?
Muitos líderes da atualidade estão tomando decisões impulsivas, causando sofrimentos e dores que poderiam ser evitados. Para que os conflitos não se agravem, os líderes deverão abandonar o jogo do poder, canalizando toda a energia para cuidar da melhora geral, antes que seja tarde demais.