Está cada dia mais difícil lidar com as turbulências de ordem econômica e social que assolam as cidades do mundo todo. Desorientadas, as pessoas não sabem mais o que fazer para lidar com tantas pressões e sobressaltos. Muitos se deixam simplesmente levar pela onda. Outros se revoltam e procuram culpados. Mas ainda há os tolerantes e conscientes que procuram por respostas.
A velocidade e a profundidade com que ocorrem as mudanças provocam desajustes, o que requer do cidadão comum muita flexibilidade, capacidade de adaptação e tolerância para lidar com os imprevistos das situações cotidianas, seja em casa, no trabalho, ou na comunidade.
Com os nervos à flor da pele, o natural é reagir com agressividade, o que não resolve os dilemas e só contribui para ampliar a dimensão dos conflitos. É chegada a hora de darmos um basta a esse círculo vicioso e enfrentar os problemas sem nos atacarmos mutuamente. A paz só pode ser construída através do entendimento, da tolerância com as diferenças e do respeito pela humanidade e pela natureza. Só a partir dessa base é possível construir relacionamentos de qualidade.
O problema é que a maioria das pessoas opta pelo caminho aparentemente mais fácil. Munindo-se de arrogância, criticam e apontam os defeitos de seus semelhantes, ao invés de procurar compreendê-los e valorizar suas opiniões. Ao privilegiarem a insatisfação e o descontentamento deixam de contemplar as coisas boas da vida. Para aumentar a confiança mútua é necessário demonstrar o interesse e agir para que todos alcancem uma vida melhor. Dessa forma criamos boas soluções.
Todos sentem a necessidade de fazer parte de algo maior e de se aprimorar. Por isso não podemos permitir que a união surja apenas quando ocorrem as grandes ameaças. Nas constantes divergências verificamos que a falta de coesão impede a busca das soluções. Precisamos incentivar o esforço criativo e alimentar as boas esperanças. Com esse simples gesto, repentinamente, descobrirmos no íntimo de nosso ser, forças insuspeitadas, que não temem as críticas.
Nós fomos levados a acreditar que é necessário gritar e mostrar poder para sermos atendidos. A época exige metas comuns para que, no esforço conjunto, sejam vencidas as dificuldades. Gastar energia atacando outras pessoas não contribui em nada, apenas torna o problema insolúvel.
Temos que buscar as soluções em cooperação, e para isso temos que unir as pessoas, os iguais e os diferentes, pois a força aumenta com a integração. O passado não pode ser alterado, mas podemos, no presente, construir um novo futuro de paz e progresso. Juntos, com atitude cooperativa, encontraremos a tão sonhada felicidade.