Domenico De Mazi, professor da universidade romana de La Sapienza, 75, explicou o conceito: "Muitas vezes ele é mal compreendido. Ócio criativo não significa 'não fazer nada'. É aliar trabalho, estudo e lazer. Como neste momento em que estamos reunidos aqui neste auditório".
Estudar, gerar conhecimento, criar riqueza, divertir-se, ser criativo. O estudo e a cultura são para possibilitar uma vida melhor para o indivíduo e a população em geral.
Questionado pela plateia se o ócio criativo seria acessível a todos os trabalhadores, incluindo os que estão em linha de montagem, ele reconheceu que não: "Esta é uma ideia elitista".
Aqui acredito que algo está errado. Trabalhar e divertir-se deveria ser para todos.
Estive lá no auditório da Folha. Achei uma brilhante iniciativa. Sobre São Paulo, comparou a um imenso manicômio com 18 milhões de pessoas gerando agressividade e violência, se acotovelando no trânsito, mas não foi questionado do porque as grandes cidades se desumanizam. O debate acabou sendo um pouco superficial. Neste momento difícil da humanidade, algumas questões fundamentais da vida poderiam ter sido aprofundadas, pois todos ansiamos por um futuro melhor.
Por que vivemos de tanta improvisação sem planejamento sério, na educação e tantos outros setores. De Mazi falou que não dar boa educação às crianças é comprometer o futuro. Esperemos que a Folha continue promovendo eventos enriquecedores para a melhora das condições gerais de vida.
http://www1.folha.uol.com.br/mercado/1249144-dedicacao-excessiva-ao-trabalho-prejudica-o-ocio-criativo-diz-de-masi.shtml