A mulher que aposta ou deixa muito em evidência seus atrativos físicos para a conquista de namorados, está afastando de si a possibilidade de um amor participativo e romântico. Vai atrair só lobo com alma de lata e com uma leve capa de cordeiro. Depois, como ela é mais suscetível ao romantismo, vai se apaixonar e ai vai ver que aquele “desalmado”, é sem coração e igual a todos os outros que ela conheceu. Mas se ofereceu carne, não pode ficar esperando um vegetariano!
Não vamos ser fundamentalistas, que também só geram anomalias, e cobrir-se dos pés à cabeça. O homem age de acordo com a mulher e esta já teve (mas muitas já perderam) uma fina capacidade de discernimento. A sua intuição a protegia de qualquer engano, só que ela também se deixou levar pelos instintos e agora muitas colhem solidão.
Ambos, homem e mulher, estão sofrendo, pois paixões duram até a hora de acordar. É na hora do café e do sol da manhã que será visto até onde isso irá chegar.
Hoje a solidão já atrapalha a visão. Alguns homens, ainda pensam, por um tempo, que estão se dando bem, “piando” aqui e ali. O homem e a mulher hoje são escravos dos seus instintos e a mídia, há muito tempo, tem muito a ver com isto. Só que a mulher ainda acha que é amor, quando na realidade já se deveria ter rebatizado este sentimento com outro nome. No final todos sofrem, a não ser os “corações de lata” de ambos os sexos, que pensam que estão com tudo e acabam ditando a pauta. Só que eles são apenas bonecos sem mais valia na alma.
Há muita banalização! Amor é sentimento anímico que a embriaguez dos instintos ofusca e anula. O cultivo dele tem que ser, na idade adulta, como era na adolescência, pelo menos como já foi um dia, cheio de cuidados, brotando primeiro a afeição e aí ir crescendo, evoluindo na medida em que vão se conhecendo, mas a ilusão e o vício dos instintos estão dificultando esta evolução.
O homem pensa que tem de ser o “bonzão”. Nas propagandas na TV só vê “cara” que se dá bem. Só que no barzinho… é aquela desilusão.
As meninas veem atrizes mudando de namorado a cada troca de capítulo. Estas dificilmente estão sozinhas e nem passam imagem de que estão sofrendo ao final de um relacionamento. Como se amor e sofrimento não existissem para elas, só para as “pobres mortais”.
Mas todos saem perdendo com estas posições. Somos feitos principalmente de espírito e alma, que é onde estão os sentimentos e as emoções e nunca se falou tanto de amor como agora. E vai se passando a idéia de que, quem não tem alguém, não é normal, baixando a auto-estima geral. Só que, quem não corre o risco de sofrer, não vai conseguir amar nunca e com tantas desilusões acumuladas, como arriscar?
As atrizes brigam com um hoje, e amanhã já estão com um novo na mão. No final, com estes exemplos, todos saem perdendo. Cadê as brincadeiras de adolescência? As meninas hoje também se gabam falando: Ah! Hoje saí com fulano ou sicrano, como se isto fosse moeda de autopromoção e as outras, que pensam diferente se acham, muitas vezes, deslocadas na multidão.
Grandes esforços são feitos para as relações darem certo, mas isso não teria que ser natural? Com todo mundo assustado, chega uma hora, como a atual, onde a maioria não sabe mais o que fazer, nem o que é certo ou errado nos envolvimentos emocionais.
A situação atual já foi prevista até por Einstein, que disse: “O grande problema no futuro será a relação entre as pessoas.”
É, além de gênio na física, Einstein era um sábio com coração de criança, coração este, que todos deveríamos voltar a ter.