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O “AMOR” FÍSICO

Hamilton Serpa
28/02/2009



“Não é o lugar em que nos encontramos nem as exterioridades que tornam as pessoas felizes; a felicidade provém do íntimo, daquilo que o Ser humano sente dentro de si mesmo”, Roselis Von Sass, O Livro do Juízo Final.

A mulher que aposta ou deixa muito em evidência seus atrativos físicos para a conquista de namorados, está afastando de si a possibilidade de um amor participativo e romântico. Vai atrair só lobo com alma de lata e com uma leve capa de cordeiro. Depois, como ela é mais suscetível ao romantismo, vai se apaixonar e ai vai ver que aquele “desalmado”, é sem coração e igual a todos os outros que ela conheceu. Mas se ofereceu carne, não pode ficar esperando um vegetariano!
 
Não vamos ser fundamentalistas, que também só geram anomalias, e cobrir-se dos pés à cabeça. O homem age de acordo com a mulher e esta já teve (mas muitas já perderam) uma fina capacidade de discernimento. A sua intuição a protegia de qualquer engano, só que ela também se deixou levar pelos instintos e agora muitas colhem solidão.
 
Ambos, homem e mulher, estão sofrendo, pois paixões duram até a hora de acordar. É na hora do café e do sol da manhã que será visto até onde isso irá chegar.
 
Hoje a solidão já atrapalha a visão. Alguns homens, ainda pensam, por um tempo, que estão se dando bem, “piando” aqui e ali. O homem e a mulher hoje são escravos dos seus instintos e a mídia, há muito tempo, tem muito a ver com isto. Só que a mulher ainda acha que é amor, quando na realidade já se deveria ter rebatizado este sentimento com outro nome. No final todos sofrem, a não ser os “corações de lata” de ambos os sexos, que pensam que estão com tudo e acabam ditando a pauta. Só que eles são apenas bonecos sem mais valia na alma.
 
Há muita banalização! Amor é sentimento anímico que a embriaguez dos instintos ofusca e anula. O cultivo dele tem que ser, na idade adulta, como era na adolescência, pelo menos como já foi um dia, cheio de cuidados, brotando primeiro a afeição e aí ir crescendo, evoluindo na medida em que vão se conhecendo, mas a ilusão e o vício dos instintos estão dificultando esta evolução.
 
O homem pensa que tem de ser o “bonzão”. Nas propagandas na TV só vê “cara” que se dá bem. Só que no barzinho… é aquela desilusão.
 
As meninas veem atrizes mudando de namorado a cada troca de capítulo. Estas dificilmente estão sozinhas e nem passam imagem de que estão sofrendo ao final de um relacionamento. Como se amor e sofrimento não existissem para elas, só para as “pobres mortais”.
 
Mas todos saem perdendo com estas posições. Somos feitos principalmente de espírito e alma, que é onde estão os sentimentos e as emoções e nunca se falou tanto de amor como agora. E vai se passando a idéia de que, quem não tem alguém, não é normal, baixando a auto-estima geral. Só que, quem não corre o risco de sofrer, não vai conseguir amar nunca e com tantas desilusões acumuladas, como arriscar?
 
As atrizes brigam com um hoje, e amanhã já estão com um novo na mão. No final, com estes exemplos, todos saem perdendo. Cadê as brincadeiras de adolescência? As meninas hoje também se gabam falando: Ah! Hoje saí com fulano ou sicrano, como se isto fosse moeda de autopromoção e as outras, que pensam diferente se acham, muitas vezes, deslocadas na multidão.
 
Grandes esforços são feitos para as relações darem certo, mas isso não teria que ser natural? Com todo mundo assustado, chega uma hora, como a atual, onde a maioria não sabe mais o que fazer, nem o que é certo ou errado nos envolvimentos emocionais.
 
A situação atual já foi prevista até por Einstein, que disse: “O grande problema no futuro será a relação entre as pessoas.”
 
É, além de gênio na física, Einstein era um sábio com coração de criança, coração este, que todos deveríamos voltar a ter.



Comentários:


Quelma Andrade comentou em 04/03/2009 - 13:03:19

Será que o ser humano está se tornando inábil na arte de conviver? Já faz um tempo que escrevi sobre isso em outro espaço virtual...De lá pra cá, pouca coisa mudou. Vivemos na época do efêmero, do descartável. Amores descartáveis? A hiper valorização do estereótipo da perfeição física. Vale o quanto pesa? Carpe Diem levado ao extremo? Grandes esforços são feitos sim, muitas vezes em nome de relacionamentos já fatados ao fracasso, pois exigimos de nós e dos outros uma perfeição imposível de ser alcançada, e acabamos por nos esquecer de propósitos maiores.

Eduardo Makdisse (makdisse@yahoo.com) comentou em 04/03/2009 - 13:03:47

Pois é, Quelma... Nós que ainda temos essa abençoada possibilidade de olhar para a loucura reinante, nos dias atuais, e discernir o certo, o saudável, o belo...
Por isso, que todo o conselho que dou, quando me pedem, é só um: se sofres bate a cabeça, volta e meia, cai do cavalo, é traida entre outros eu digo: FOQUE-SE na sua evolução espiritual e seu aprimoramento íntimo para tranformar todos esses predicados e caracteristicas negativas em virtudes! Mas, isso deve ser feito por você e realmente FEITO... não adianta ler uns livrinhos e dizer que sabe... tem q levar a serio e vivenciar tudo isso! Por isso que é bom quebrar a cara, se lascar e outros, que isso é vida! É a vida te mostrando que em algum lugar e alguma hora você pisou em falso... Essa é minha humilde opnião!
Até


Isabel (isabelmsaid@yahoo.com.br) comentou em 27/03/2009 - 08:03:09

O ser humano não gosta de fica só. E para isso, parece que ele é capaz de fazer qualquer coisa. Desse modo, passa a atuar de uma forma que ao invés de atrair um verdadeiro amor, atrai uma pessoa com quem irá estabelecer uma relação meramente carnal. Concordo com Edurado, precisamos ter um foco espiritual para alcançarmos a felicidade. Com o pensamento puro, com certeza atrairemos pessoas que tem o mesmo anseio de viver um amor sinsero. Abraço a todo (a)s!

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