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Alcançar a melhora

Benedicto Ismael C. Dutra
31/08/2016



 O mundo está adentrando numa fase de grandes transformações. Os velhos remédios não surtem mais o efeito esperado, o que desorienta os especialistas e a população em geral. No mundo e no Brasil, vivemos uma fase de inquietação quanto ao futuro. Indispensável que haja conscientização e serenidade, pois em épocas de crise há uma tendência para o radicalismo decorrente do medo e do pânico, cujos efeitos podem ser o oposto do desejado.
 
Falta lucidez nos cérebros estressados e muitas vezes coragem para fazer o que é certo. Nem mesmo os organismos e os profundos conhecedores da economia conseguiram, até agora, desenvolver um plano que produza o crescimento harmônico e estável a tantos países afundados em dívidas crescentes e com a economia estagnada. Precisamos de um projeto que promova o aumento da qualidade humana para alcançarmos desenvolvimento econômico de qualidade, em paz.
 
O planeta Terra foi estruturado para que surgissem as necessárias condições para a vida humana, possibilitando a penetração e o desabrochar do elemento espiritual. No entanto, ao longo dos séculos, o homem, com o seu livre arbítrio, passou a fazer escolhas e tomar decisões as quais acabaram transformando o mundo em um lugar perigoso para se viver. A natureza tudo nos oferece, mas homens cobiçosos foram se postando à frente, segurando tudo para si com as duas mãos, pouco se importando se com isso espalhassem miséria pelo mundo. 
 
Está ocorrendo mudança para pior no Brasil com redução das atitudes amistosas. Mais pessoas descontentes com a vida e com o que temos de bom, que não se esforçam pela melhora; presas fáceis do noticiário pessimista e dos filmes que mostram a catástrofe da humanidade sem coração. É tão importante o contato com pessoas amistosas que nos brindam com um aceno que procede do coração generoso.
 
O fracasso do Brasil se deve aos políticos cuja prioridade é se manter no poder a qualquer custo, sugando os recursos do erário. Externamente houve uma significativa mudança na produção industrial ao estilo “capitalismo de estado” que estabelece novas condições competitivas que, no capitalismo tradicional, não dá para acompanhar apesar de toda a precarização ocorrida. Como isso será resolvido? É preciso um novo consenso da humanidade buscando o equilíbrio entre os povos e países.   
 
A vida seria bem melhor se fosse vivida de forma mais simples e natural, se os seres humanos não tivessem seguido a rota do materialismo que vai levando tudo para a beira do abismo. Diante do cenário confuso do planeta, com crise social, econômica e ambiental, dizem os entendidos que uma grande ruptura global não está distante, mas quando eclodirá ninguém sabe.
 
Não podemos esquecer que tudo isso tem a ver com a educação. Não se trata só de diploma. Não se trata apenas de saber ler e escrever, mas de ter lucidez no raciocínio, clareza no pensar, bom senso, objetivos definidos. Isso não tem recebido a devida atenção, havendo mesmo um grave descuido. A boa educação começa em casa. Assim se faz um país. Na primeira infância se formam as bases, descuidando disso, no futuro, fica tudo bem mais difícil.  Os pais são os responsáveis para cuidar dos filhos, mas se eles não conseguem ou não estão aptos para isso, o governo tem de implantar creches eficientes.
 
Há muitas coisas que poderiam ser feitas para a melhora geral. São inegáveis os estragos que a poluição já causou ao planeta Terra. Há questões que permanecem descuidadas como a derrubada de florestas, a mineração, a falta de esgoto, a poluição dos rios que deságuam nos mares. Falta vontade para resolver o problema do esgoto e saneamento, que vai se agravando dia a dia com o aumento de lixo e dejetos. É preciso fazer um estudo, encontrar formas baratas e viáveis e exigir a implantação do saneamento, além de preservar os mananciais. Outra coisa simples: programar o plantio de árvores nas áreas degradadas das cidades e do interior. Por que não se aproveitam esses terrenos para o plantio de hortas? São pequenas coisas que modificam a paisagem e a qualidade de vida. 



Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Hotel Transamerica Berrini e é associado ao Rotary Club de São Paulo. É articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. É também coordenador dos sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br, e autor dos livros: “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”;“2012...e depois?”;“Desenvolvimento Humano”; “O Homem Sábio e os Jovens” ,“A trajetória do ser humano na Terra – em busca da verdade e da felicidade”; e “O segredo de Darwin - Uma aventura em busca da origem da vida”(Madras Editora). E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7
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