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A vida é um processo contínuo

Benedicto Ismael C. Dutra
22/11/2016



 Os anos da mocidade passam. Os filhos crescem e saem da casa dos pais para experimentarem a própria vida. Muitas pessoas ficam sem saber o que fazer com o tempo que têm pela frente. Mas trata-se de uma boa época para perceber que a vida é um processo contínuo unificado. Aquém e além são uma coisa só, por isso todos precisam seguir a lei do movimento, sem decair no desânimo e buscar permanentemente a construção benéfica, de si mesmo e do seu ambiente através dos pensamentos, palavras e ações. 

Fragmentos de memória são perigosos porque geralmente trazem a lembrança de situações desagradáveis do passado, o que pode influenciar negativamente o presente. O que passou, passou; se houve erro já foi, pois no momento atual a atitude e vontade são outras. Podemos pensar e relembrar, mas logo temos de retornar ao hoje, pois há muitas coisas a serem feitas. O importante é não se deixar abater por situações que passaram, que deixaram marcas. A vida continua e novos eventos agradáveis devem ser cultivados para anular o que ficou para trás.

Devemos nos preparar com rigor e disciplina diante do mundo de aspereza que nos rodeia, fortalecendo-nos diante de situações complexa como um lutador com vontade forte, mantendo o bom convívio social, e assim ganhando força e habilidades para a defesa e para enfrentar as adversidades e pessoas hostis. A ideia é evitar atrair formas de medo altamente danosas e inquietantes. São tantos os descuidos e desconhecimento de nós mesmos, que os problemas acabam surgindo de forma inesperada. Daí a importância de reservar um tempo para nos libertar das questões materiais, de só olhar para coisas pequenas; temos de tentar elevar o olhar para tudo o que for nobre. 

Em geral os seres humanos utilizam no máximo 10% da capacidade cerebral e raramente conseguem se comunicar com o eu interior e captar o sentimento intuitivo. Os seres humanos se afastaram do eu interior e deixaram o ego no domínio, deixando de aprimorar o uso das capacitações do cérebro, permanecendo atento e sensível aos apelos do eu interior. A humildade espiritual capacita o ser humano a ampliar o seu saber sobre a vida. Na aspereza dominante é muito gratificante encontrar pessoas que deixam que sua alma se manifeste dizendo palavras amigas.

Uma forma positiva de viver é se dedicar com afinco ao trabalho, sem desprezar os bens terrenos para garantir a independência. Observar sempre a lei do equilíbrio no que se refere ao dar e receber. Na natureza não adulterada pela mão do homem tudo funciona em equilíbrio. Por isso é preciso fortalecer a vontade para aplicar o potencial que cada indivíduo tem na conquista de suas metas e realização dos sonhos. Quem não dedica tempo para ler não amplia a visão, escreve mal, tem pouca lucidez no raciocínio e falta de clareza no pensar.

Quando algo nos aflige, não podemos deixar que o pânico e o desespero tomem conta de nosso ser, mas devemos manter o ambiente iluminado com pensamentos benéficos, livres da influência dos pensamentos e sentimentos negativos que nos sobrecarregam, roubando a paz interior. O ego, a vontade cerebral, pressiona para conseguir o que quer gerando aridez e ambiente pesado. Isso fica evidente nas pessoas que não organizam as coisas nem a vida, mas querem resolver seus problemas e dificuldades passando por cima das normas e do direito dos outros. Falta leveza e a delicada consideração humana que provém da alma que se alegra por estar consciente na Criação. 

Temos de estar preparados para resistir aos vendavais purificadores que se aproximam vigorosamente, examinando a situação com serenidade, evitando ficar cismado com pensamentos obsessivos, para que a intuição possa se elevar e receber forças da Luz e o auxílio para a solução.

Na vida, tudo é uma coisa só; aquém e além estão unidos. Os humanos é que fizeram a separação; o outro lado é a continuação, pois a vida não termina, há apenas uma mudança de vestimenta para prosseguir no impulso construtivo em outra dimensão. Quem tiver interesse em saber mais sobre o processo deve estudar a obra Na Luz da Verdade, de Abdruschin.
 



Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Hotel Transamerica Berrini e é associado ao Rotary Club de São Paulo. É articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. É também coordenador dos sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br, e autor dos livros: “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”;“2012...e depois?”;“Desenvolvimento Humano”; “O Homem Sábio e os Jovens” ,“A trajetória do ser humano na Terra – em busca da verdade e da felicidade”; e “O segredo de Darwin - Uma aventura em busca da origem da vida”(Madras Editora). E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7
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