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A precarização avança pelo mundo

Benedicto Ismael C. Dutra
27/12/2016



Quanto atraso ainda existe no país outrora dito abençoado. Com a lei Áurea promulgada no ano de 1888, os produtores de café se incompatibilizaram com o Império. Veio a República que não se preocupou com a integração da população libertada, nem ofereceu escola. Em decorrência, teve início o movimento de favelização do Rio de Janeiro. De lá para cá os governantes pouco se esforçaram para forjar um país independente com população bem preparada para a vida. 
 
Permanecemos fornecedores de matéria prima e importadores de industrializados. Enfrentamos um momento delicado. As mazelas estão vindo à tona. Decepção e revolta se espalham. Não podemos descambar para a baixaria; precisamos de seriedade e serenidade para manter a confiança de que o país vai fazer uma limpeza e sair das mãos dos escroques habilidosos na apropriação de bens de outros por meios ilícitos.  
 
Com a aproximação de um provável fechamento dos mercados, os países têm de fazer acordos bilaterais para intercâmbio comercial e tecnológico de forma equilibrada, sem precisar incorrer em novos empréstimos, e ainda preparar a população para produzir internamente o que não puder ser importado, gerando oportunidades de trabalho. 
 
O mundo vive a precarização geral e se desumaniza. Aumenta a cobiça. Falta responsabilidade. Ser humano é não se deixar vencer pela raiva, ódio, insatisfação. É esforçar-se para compreender a vida. Nascemos seres humanos, mas temos de nos esforçar para de fato nos tornarmos seres humanos que compreendem o significado da vida, pautando-a em conformidade com as leis da Criação, para clarificar continuadamente o espírito e os pensamentos. Temos testemunhado o aumento do apagão mental e precisamos combatê-lo com a boa educação. 
 
O mundo se tornou um lugar perigoso para se viver. É preciso muita vigilância material e espiritual para desfazer as ameaças antes que se tornem realidade, perigos a que todos nós estamos expostos com o avanço da internet e mídias sociais, com a possibilidade real de invasão na vida das pessoas. 

Muitos jovens agem com insensatez, não querem ouvir as recomendações dos pais; acham-se muito melhores, fazem imposições, para só reconhecer, tarde demais, o valor das recomendações recebidas. Estamos diante de uma situação bem diferente do século passado quando as novas gerações tinham forte anseio para saber o porquê das coisas. Atualmente nos defrontamos com a apatia de muitos jovens que nada querem saber do sentido da vida, vivendo de forma superficial, atravessando seus dias sem um olhar atento ao seu redor. O que eles pensam que seja o significado da vida? 
 
Estamos num final de ciclo? Todos os efeitos de séculos de economia predatória e desequilibrada vêm à tona. Alguns percebem algo errado, mas é preciso analisar com isenção e sem viés ideológico. O grande causador de todo o malogro, que se manifesta na baixa qualidade de vida no planeta e no desastre ambiental, não tem outra causa que não o próprio homem intelectivo, que só enxerga o interesse próprio e não assume responsabilidade com o futuro. 
 
Os jovens precisam de conscientização e automotivação para contribuir para a melhora geral. Na vida moderna, os incentivos para a busca do significado da vida estão sendo perdidos, havendo uma forte pressão para um viver acomodado e indolente, sem tempo para sonhar, refletir e ouvir a voz da intuição, ampliando o marasmo e inércia das massas. No atual vazio da vida, a obra Na Luz da Verdade oferece uma nova visão de auxílio que, admoestando com severidade, mostra o caminho do aprimoramento para a paz e a felicidade, explicando os porquês da vida.
 
As coisas andam confusas pelo mundo. Faltam líderes sábios. A doença da decadência espiritual e moral atingiu a humanidade. É preciso restabelecer o equilíbrio entre as nações, o vai e vem equitativo de bens e capitais, ampliando oportunidades de produzir e gerar trabalho. Um grande acordo sobre as dívidas soberanas com redução de juros, aumento de prazos e bom senso para quebrar o ciclo de endividamento externo e interno. Gostaria de saber o que pensam os presidentes Trump, dos Estados Unidos, Temer, do Brasil e outros líderes mundiais, sobre como voltarmos a ter um crescimento natural, fundamentado num autêntico humanismo.
 



Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Hotel Transamerica Berrini e é associado ao Rotary Club de São Paulo. É articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. É também coordenador dos sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br, e autor dos livros: “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”;“2012...e depois?”;“Desenvolvimento Humano”; “O Homem Sábio e os Jovens” ,“A trajetória do ser humano na Terra – em busca da verdade e da felicidade”; e “O segredo de Darwin - Uma aventura em busca da origem da vida”(Madras Editora). E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7
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