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EMBU DAS ARTES E PLEBISCITO

Benedicto Ismael C. Dutra
27/02/2011



A palavra plebiscito é de origem latina. Em Roma referia-se às decisões propostas por um tribuno e tomada pela plebe. Atualmente é tido como resolução submetida à apreciação do povo, caracterizado pelo sim ou não, sobre uma proposta de lei ou resolução que seja submetida. Assim, podemos dizer que plebiscito é uma consulta ao povo antes de uma lei ser constituída, de modo a aprovar ou rejeitar as opções que lhe são propostas.

De modo geral os plebiscitos deveriam ter uma utilização de forma mais ampla, como ocorre na Suíça desde 1890, possibilitando maior controle de abusos nos eventuais excessos do Poder representativo e, principalmente, como consulta popular sobre as decisões importantes que determinam os rumos das nações.

Nem sempre a população é consultada. Uma vez eleitos, os candidatos geralmente voltam as costas aos eleitores, cuidando prioritariamente dos interesses pessoais e dos grupos aos quais se associam, enquanto as cidades e o país decaem no abandono e na miséria das massas.

Através da Resolução n⁰. 231/2011, o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo autorizou a consulta plebiscitária no Município de Embu, a ser realizada no dia primeiro de maio próximo, visando a mudança do nome do Município para Embu das Artes.

Embora nem sempre se pense nisso, o nome é algo de muito significado, pois define o objeto ou a pessoa. A população do Embu tem agora a oportunidade de oficializar um nome que vem sendo usado há décadas. Uma cidade das artes. Uma cidade dedicada às artes. No entanto precisamos muito mais do que isso, precisamos popularizar as artes, implementando o ensino às novas gerações, seja literatura, música, teatro, artes plásticas ou artesanato.

Percorrendo a história humana facilmente perceberemos que somente a arte sobreviveu aos povos. Envolvidos pelo materialismo, egípcios, gregos, romanos, desmoronaram. Contudo, as obras da verdadeira arte sobreviveram a todos eles. Também nunca virão a perecer. A arte é a expressão da alma.

A bem dizer todos nós deveríamos ser artistas naquilo que nos propomos a fazer, através do melhor desempenho que formos capazes. Sem dúvida isso contribuiria para o desenvolvimento das características individuais, fazendo de cada um, um ser humano diferenciado, livre da massificação que embrutece. Também nisso o Embu das Artes deve tomar a dianteira.

Com o sim, a população vai oficializar o nome tão simpático e significativo. Além disso, o Embu das Artes pode e deve se tornar um exemplar modelo de desenvolvimento em harmonia com a natureza, construindo a cidade que queremos para nós e nossos descendentes, onde as crianças recebam o adequado preparo. Onde os jovens e adultos tenham a oportunidade de aprender a viver com arte e esperança num futuro melhor, movimentando-se com seriedade, esforço e dedicação, convictos de que não serão deixados na miséria se desejarem trabalhar e se aprimorar.

“Venha visitar Embu das Artes, onde arte, bom gosto e bom atendimento estão presentes em tudo.”



Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Hotel Transamerica Berrini e é associado ao Rotary Club de São Paulo. É articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. É também coordenador dos sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br, e autor dos livros: “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”;“2012...e depois?”;“Desenvolvimento Humano”; “O Homem Sábio e os Jovens” ,“A trajetória do ser humano na Terra – em busca da verdade e da felicidade”; e “O segredo de Darwin - Uma aventura em busca da origem da vida”(Madras Editora). E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7
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