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AS ESCOLAS E O EMBU DAS ARTES

Benedicto Ismael C. Dutra
03/03/2011



Um grave problema nas escolas é a quantidade de alunos com dificuldades para o aprendizado, destacando-se o desinteresse e a falta de curiosidade das crianças pelos estudos, resultando numa crônica repetência logo na fase inicial.

Como meio de contornar o problema tem sido proposto o fim da repetência, abolindo-a até o 3º ano do ensino fundamental, no entanto o importante é a verificação das causas do desinteresse infantil pelos estudos e criar condições para que possam de fato evoluir no aprendizado.

Por que o interesse das crianças pelos estudos está em queda? Para responder teremos que olhar para as casas, os lares, as famílias. Fica fácil de perceber que nesta época de acirrada luta pela vida, as coisas não são como deveriam ser no ambiente doméstico. Casais separados. Pais que trabalham muito, se distanciando dos filhos. Crianças deixadas de forma indisciplinada diante da TV e sua programação de baixo nível e dos vídeos games. A fase para ir descobrindo o mundo, desenvolvendo interesse crescente sobre a vida e a convivência entre as pessoas, não está sendo adequadamente aproveitada.

O Plebiscito que autorizou no Município de Embu a consulta popular a ser realizada no dia primeiro de maio próximo, visando a mudança do nome do Município para Embu das Artes, pode se constituir numa excelente oportunidade para as escolas e seus alunos. Precisamos popularizar as artes, implementando seu ensino às novas gerações. Uma cidade que ostenta a palavra “artes” em seu nome tem, necessariamente, que levar a arte para as escolas.

Como criação humana a arte expressa valores estéticos, beleza, equilíbrio, harmonia, sintetizando emoções, sentimentos e cultura. Apresenta-se sob variadas formas como: artes plásticas, literatura, música, escultura, cinema, teatro, dança, paisagismo, arquitetura, etc. Evidentemente, bem conduzidas, as crianças deverão ter sua curiosidade despertada. Enfim, a arte é a mais nobre manifestação da alma de um povo.

A bem dizer, todos nós deveríamos ser artistas naquilo que nos propomos a fazer, através do melhor desempenho de que formos capazes. Sem dúvida isso contribuiria para o desenvolvimento das características individuais, fazendo de cada um, um ser humano diferenciado, livre da massificação que embrutece. Sem dúvida nenhuma, também nisso o Embu das Artes deve tomar a dianteira.
 



Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Hotel Transamerica Berrini e é associado ao Rotary Club de São Paulo. É articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. É também coordenador dos sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br, e autor dos livros: “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”;“2012...e depois?”;“Desenvolvimento Humano”; “O Homem Sábio e os Jovens” ,“A trajetória do ser humano na Terra – em busca da verdade e da felicidade”; e “O segredo de Darwin - Uma aventura em busca da origem da vida”(Madras Editora). E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7
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