Com a presença do presidente da ACISE, Hillmann Albrecht, realizou-se no dia 15 de março reunião do Rotary Club homenageando o Rotaract, agremiação que reúne jovens da região como meio de incentivar a boa formação e o despertar de líderes. Na solenidade, ao apresentar seu pronunciamento, Benedicto Dutra, atual presidente do Rotary, referiu-se a Carta Semanal do Coordenador Assistente, onde Paulo Fonseca destaca que Rotaract é um programa estruturado de Rotary que, juntamente com os demais programas voltados à juventude, ganhou maior relevância com a criação da 5ª Avenida de Serviços dedicada às novas gerações, recomendando aos companheiros que reflitam sobre a importância desse programa para o Clube, para os Jovens que dele participam e para a Comunidade. Fundador do Rotaract SP – Liberdade, em 1985, Paulo Fonseca lembra que os jovens que participam desse programa e que são, verdadeiramente, orientados pelos Rotarianos, tornam-se pessoas melhores porque desenvolvem uma liderança sadia. A partir dessa liderança que formamos em Rotary, também teremos um repositório natural para o nosso quadro associativo.
O primeiro Rotaract foi fundado em março de 1968 nos Estados Unidos. Os Rotaracts, reúnem jovens de 18 a 30 anos e se destinam a incentivar a prestação de serviços, desenvolvimento das capacitações de liderança e contribuir para a formação de bons cidadãos. É muito importante que os Rotary Clubes incentivem a formação e ampliação dos quadros associativos dos Rotaracts dando-lhes o apoio necessário para o desenvolvimento e fortalecimento do espírito Rotário.
Em complemento Dutra falou que as novas gerações estão sendo avassaladas pelos ditames das máquinas insensíveis que exigem volumoso investimento, mas engolem custos com mão de obra e empregos, sem se preocupar com as necessidades dos clientes. Dedicando-se prioritariamente ao funcionamento das máquinas, as novas gerações não estão aproveitando as experiências dos mais velhos, o que lhes aumentaria a segurança naquilo que se dispuser a fazer. A sua habilidade para lidar com as máquinas deve ser complementada com o fortalecimento do hábito de ler para que aprendam a raciocinar com clareza e serenidade.
Não será com o maior adestramento no uso das máquinas ou seu implante nas mentes dos humanos que aumentaremos a harmonia e a eficiência. O fortalecimento humano deve partir de dentro para fora. Nesse sentido o contato com a natureza e o estudo das artes é o que há de melhor, pois aguça e refina sensibilidades que máquina nenhuma será capaz.
Se não atentarmos para a necessidade do refinamento da sensibilidade, corremos o risco de nos transformarmos em pessoas rudes, completamente insensíveis ao sofrimento alheio, dispostas a tudo para vencer e anular o outro, usando de todos os estratagemas para que este não se sobressaia, evidenciando qualidades próprias, que as possam colocar sob a ameaça de outro obter o que querem.
As riquezas são ofertadas pela natureza para o progresso de todos. Misérias e ignorância não deveriam existir, mas tão somente o continuado avanço na melhora da qualidade humana. No cenário da produção e comercialização de bens e serviços, equilíbrio e serenidade, generosidade e justiça, são valores imprescindíveis para a construção de um ambiente mais humano.
Agora as turbulências estão interferindo profundamente no comportamento das pessoas que se mantiveram acomodadas por longo período, imobilizadas por uma liderança despótica e manipuladora, sem comprometimento com o progresso da população. É o caso das revoltas na Tunísia, Egito e Líbia. Cansadas de esperar por melhoras, partiram para o confronto, provocando mortes e destruição.
Líderes que agem como máquinas sem coração, que só pensam em si, no seu conforto e sede de poder, no aumento de sua riqueza e na conservação do poder conquistado, sempre acabam provocando revoltas e tragédias. Não existe mágica. Quem conhece o funcionamento das leis naturais da Criação jamais manifestará a esperança pueril em fantasias que nunca poderão se realizar.
Os jovens precisam de modelos benéficos e enobrecedores. Necessitamos dar um novo rumo para a educação dos adolescentes. Além de aprender um ofício adquirindo qualificação profissional, os jovens devem praticar esportes e artes, recebendo valores morais, éticos, respeito e consideração pelo semelhante e cuidados com o meio ambiente, para que, como no dizer do presidente eleito do Rotary International – Kalyan Banerjee – estejam capacitados a formar boas famílias, bons bairros, boas comunidades e grandes nações.
Finalizando Dutra cumprimentou a todos acrescentando que necessitamos de um alvo elevado: Queremos um Brasil rico, com boa educação para todos e preparo para a vida, e sem as misérias de milhões de excluídos da vida real. Para uma mudança de rumos se faz necessária uma mudança de atitudes. Os líderes precisam oferecer uma visão compartilhada de conquista de um futuro melhor para todos, com o esforço de todos, com saúde, educação e continuada melhoria na qualidade de vida da população.
Benedicto Dutra – Rotary Club de Embu das Artes – Presidente 2010/11
