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A QUINTA DISCIPLINA


27/08/2011



Este livro oferece excelente orientação sobre como compartilhar visões e objetivos, assim como compartilhar conhecimento por toda a organização.

Os seres humanos estão em falta no que diz respeito ao aprendizado voltado para o próprio desenvolvimento. Falta uma sabedoria profunda. As aspirações são pouco estimuladas. Não há espaço para conversas reflexivas. Falta simplicidade para entender a complexidade.

O tempo para as pessoas pensarem e refletirem é cada vez menor. Os recursos para desenvolver as pessoas se tornam cada vez mais escassos. Necessitamos de criar novos espaços de aprendizagem. Faltam a consideração e o espírito de colaboração para que todo o viver se transforme num permanente aprendizado. Temos de viver expandindo continuamente a capacidade de aprender. Necessitamos de aspirações coletivas que façam as pessoas aprenderem juntas e evoluírem, aprendendo na escola, na ação, no trabalho. Aprendendo a aprender no convívio.

À medida que o mundo se torna mais interconectado e os negócios se tornam mais complexos e dinâmicos, será mais fácil aprender no trabalho. Não basta ter uma única pessoa aprendendo pela empresa. Simplesmente não é mais possível encontrar soluções na alta gerência e fazer com que todos os outros sigam as ordens do “grande estrategista”. As organizações que realmente terão sucesso no futuro serão aquelas que descobrirem como cultivar nas pessoas o comprometimento e a capacidade de aprender em todos os níveis da organização.

No fundo somos todos aprendizes. As crianças ao crescerem são naturalmente curiosas, excelentes aprendizes, que aprendem a andar, falar e viver por conta própria. Por que mais tarde, ao tomarem contato com a vida se tornam indolentes perdendo a curiosidade e as aspirações mais nobres? Necessitamos de equipes excelentes, um grupo de pessoas que funcionem juntas de forma extraordinária, confiando umas nas outras, complementando os pontos fortes e compensando as limitações, com um objetivo em comum maior do que os objetivos individuais, gerando resultados extraordinários.

A agitação na administração de empresas continuará até construirmos organizações que sejam mais coerentes com as mais elevadas aspirações humanas, as que estão além de comida, abrigo e posses.


Uma visão compartilhada não é uma ideia. Nem que essa ideia seja tão importante quanto a liberdade. Ao contrário, é uma força no coração das pessoas, uma força de impressionante poder. Pode ser inspirada por uma ideia, mas quando evolui – quando é estimulante o suficiente para obter o apoio de mais de uma pessoa –, deixa de ser uma abstração. Torna-se palpável. As pessoas começam a vê-la como se existisse. Poucas forças, se é que existe alguma, nas questões humanas, são tão poderosas quanto uma visão compartilhada.

No nível mais simples, uma visão compartilhada é a resposta à pergunta: “O que queremos criar?”. Assim como as visões pessoais são retratos ou imagens que as pessoas têm na mente e no coração, as visões compartilhadas são imagens que pertencem a pessoas que fazem parte de uma organização. Essas pessoas desenvolvem um senso de comunidade que permeia a organização e dá coerência a diversas atividades.

Uma visão é realmente compartilhada quando você e eu temos a mesma imagem e assumimos comprometimento mútuo de manter essa visão, não só individualmente, mas em conjunto. Quando realmente compartilham uma visão, as pessoas sentem-se conectadas, ligadas por uma aspiração comum. O poder das visões pessoais vem de um interesse individual profundo para a visão. O poder das visões compartilhadas resulta de um interesse comum. Na verdade, concluímos que uma das razões pelas quais as pessoas buscam visões compartilhadas é seu desejo de se sentir conectadas a um empreendimento importante.

A visão compartilhada é essencial para a organização que aprende, pois fornece o foco e a energia para a aprendizagem. Embora a aprendizagem adaptativa seja possível sem uma visão, a aprendizagem generativa só ocorre quando as pessoas estão lutando para alcançar um objetivo de profunda importância para elas. Na verdade, a ideia da aprendizagem generativa – “expandir sua habilidade de criar” – será aparentemente abstrata e sem significado até as pessoas se sentirem entusiasmadas em relação a uma visão que realmente desejam realizar.

Hoje, “visão” é um conceito familiar em liderança na empresa. Mas, ao se analisar detalhadamente, descobre-se que a maioria das “visões” é, na verdade, a visão de uma pessoa (ou de um grupo) imposta a uma organização. Tais visões têm, na melhor das hipóteses, aceitação – não comprometimento. Uma visão compartilhada conta com o verdadeiro comprometimento de muitas pessoas, pois reflete a visão pessoal de cada uma delas.

Peter M. Senge – Editora Best Seller




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