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O CONVÍVIO HUMANO

Esméria Garcia Oséas
08/05/2012



Convívio humano! Como se tornou difícil o exercício dessas palavras!

Como está difícil o convívio humano nos dias de hoje! Luta-se penosamente para obter clareza sobre o proceder diante de tantas desavenças! Muitas vezes falta a coragem para por um ponto final num relacionamento já deteriorado. E isso se vê por toda parte. Não apenas no matrimônio, mas também no relacionamento entre irmãos, no convívio profissional e até mesmo social. Entretanto, nem sempre é fácil estabelecer uma cisão. Inúmeras motivações de ordem material e social impedem, ou pelo menos retardam bastante, a efetivação de uma separação. Muitas mulheres, por exemplo, que têm filhos pequenos, suportam durante anos as mais tristes humilhações impostas pelos maridos, por sentirem-se incapacitadas de suprir sozinhas as necessidades essenciais de seus filhos. Quantos casos não há também em que filhos ainda dependentes dos pais tornam insuportável a vida da família inteira, através de brigas e discussões constantes. Abate-se sobre todos um clima opressor, que tira por completo a alegria de viver.
 
Aqui, a justificativa para se manter esse estado doentio, é o asfixiante conceito de “união familiar”, entendendo-se aí como união unicamente o fato das pessoas viverem sob o mesmo teto… Também nos escritórios e indústrias a inveja, o mau humor, a vaidade e a intriga deixam por toda a parte as suas marcas pegajosas, conspurcando o ambiente e destruindo a harmonia e a paz. Mas, o que fazer? Dificuldades em cima de dificuldades!
 
Convívio humano! Como se tornou difícil o exercício dessas palavras! Todas as incontáveis excrescências humanas, cultivadas durante milênios pela humanidade errante, formam agora uma espessa muralha separadora entre ela e a Luz. Com isso o aprisionamento de forças vindas de cima, ficou bastante comprometido.
 
A volta para casa após um dia de trabalho e depois de um trânsito ruim, necessitaria encontrar aconchego, abrigo, companheirismo… Necessitaria recarregar suas baterias! E, no entanto, o que lhes aguarda são coisas bem diferentes. Lá, em seu lar, justamente lá somente encontrará incompreensões, mau humor, falta de educação e de dedicação, tornando a vida em comum um verdadeiro suplício. Onde está nisso o amor e a harmonia familiar? Contudo, se nos aprofundarmos nas várias situações de conflito ou desavença de um casal, ouvindo as explanações de um e de outro, constataremos que a causa da incompatibilidade deve ser imputada quase sempre aos diferentes graus de maturidade interior. E para isso contribuem diversos fatores: temperamentos muito divergentes, níveis de educação e de cultura bem diferentes, concepções religiosas distintas, objetivos de vida opostos etc. Tudo isso forja personalidades diferentes, de características também diferentes. Através dessas análises podemos afirmar sem margem de erro que:
 
Pessoas que vivem juntas e são infelizes fariam melhor em viver separadas, cada qual buscando por si o caminho da felicidade. A sábia voz do povo, sempre forma provérbios através de marcantes vivências de várias pessoas, dando-lhes assim plena legitimidade, diz com toda clareza e simplicidade: “Lé com Lé, Cré com Cré!” Com isso se quer dizer que toda a ligação entre pessoas de personalidades muito heterogêneas nunca poderá redundar em algo sadio, não apenas em relação às próprias pessoas diretamente envolvidas, mas também para aquelas que compartilham de seu ambiente mais próximo. Irradiações opressoras agem então destruindo e contaminando tudo. A humanidade através desse provérbio demonstrou ter captado de mundos superiores uma das Leis da Criação: “A Lei de Atração de Igual Espécie”. Como toda Lei da Criação, essa também tem de ser compreendida e respeitada integralmente, pois qualquer transgressão a qualquer uma das Leis Naturais trará inevitavelmente sofrimentos e feridas profundas.
 
Em sua obra “Na Luz da Verdade”, Abdruschin ensina com grande simplicidade e imensa riqueza de detalhes todas as Leis do Universo, indicando como o ser humano tem de viver nesta Criação, como tem de pensar, falar e agir, para que fios do destino não impeçam, mas auxiliem sua ascensão. Todo ser humano tem obrigação de buscar seu desenvolvimento interior, estabelecendo à sua volta harmonia e paz.



Esméria Garcia Oséas – esmeriago@hotmail.com
Comentários:


maria Christina Ferreira Gomes (mchristina.fg@gmail.com) comentou em 09/05/2012 - 18:05:11

Parabéns Esmeria! Sério e verdadeiro o seu artigo!!!

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