Cristóvão Colombo
acreditava ser um mensageiro dos novos céus e da nova terra. Isaac Newton acreditava que a observação da natureza o levaria ao entendimento de um plano divino. César
acreditava que, pelas conquistas, transformaria Roma num império organizado. Todos eram líderes. Em comum, o fato de acreditarem num ideal.
Em
A arte de comandar, Francesco Alberoni traça o perfil do líder e revela que sua tarefa exige virtudes como a intuição para estabelecer funções, sinceridade para atrair a genuína simpatia, objetividade para criar ordem e hábitos corretos, firmeza para conferir sentido às ações dos que estão sob comando. Imbuído desses atributos podem, então, encontrar a força necessária para vencer a adversidade, combater a ambição e driblar as constantes armadilhas impostas pelo poder.
O objetivo deste livro não é ensinar a conquistar o poder e possuí-lo a qualquer custo. Recursos como a ameaça, a extorsão, a chantagem ou a corrupção não são indicados por Francesco Alberoni para quem deseja liderar. Ao contrário, a proposta de A Arte de C
omandar é revelar formas de merecer o poder e exercê-lo dentro das normas de moralidade valendo-se de atributos como a criatividade, a confiança, a generosidade e a perseverança.
Para alcançar, no entanto, as metas que estabelece neste livro, encontram-se também as faces negativas do poder que, com frequência, deixamos prevalecer ou toleramos com passividade.
Este é um tema de importância vital nos tempos de hoje, principalmente quando consideramos que, ao longo dos últimos anos, no Ocidente, criou-se um conceito de valor e de confiança em que estão incutidos o egoísmo, a cobiça, a corrupção e a prepotência. É vital que conheçamos, todos, a arte do justo comando. Não apenas o político, o magistrado, o empresário, o policial e o comerciante. Mas também pai, mãe, professor e todos aqueles que tenham responsabilidade em relação a outro ser humano.
A Arte de Comandar – Francesco Alberoni – Ed. Rocco – (p. 113/114)
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