Na última década, o avanço chinês no mercado brasileiro foi avassalador. Desde 2001, quando o China entrou na Organização Mundial de Comércio (OMC) e passou a usufruir dos benefícios de ser membro da entidade, as exportações chinesas para o Brasil saíram de US$ 1,3 bilhão para US$ 34,3 bilhões no ano passado. Setorialmente o aumento é ainda mais impressionante. Nesse período, as vendas cresceram 3.007% em têxteis, 854% em produtos químicos, 4.074% em máquinas e equipamentos, 7.006% em ferro e aço, entre outros.
A indústria brasileira precisa ganhar competitividade, investindo em inovação. E o governo precisa melhorar a infraestrutura e reduzir os impostos. Mas os empresários têm razão em um ponto: os subsídios. A China possui uma máquina de apoio estatal impressionante, que não encontra rival no Ocidente. (
Raquel Landim)
Parece que estamos diante de uma desordem organizada. Qual será o desfecho se as empresas perdem a condição de competir diante dessas máquinas de produzir e exportar com uma estrutura de custos e subsídios inviáveis para grande parte dos países?