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A MENINA QUE ROUBAVA LIVROS

Benedicto Ismael C. Dutra
08/03/2014



A estória tem início por volta do ano de 1938, com a adoção da menina que roubava livros, a pequena Liesel, pelo casal Hans e Rosa. Hitler já estava no poder, e em vez de buscar o aprimoramento do espiritual humano e das condições gerais de vida, queria formar guerreiros para dominar o mundo. Envolvido por sua mania de grandeza, não vacilou em mobilizar a população masculina, arrancando-a de seus lares para colocá-la nos frontes de guerra. Falhou como líder e como ser humano. A guerra é a grande insensatez que os homens cometem neste planeta que nem lhes pertence, pois somos apenas hóspedes transitórios em busca de evolução.
 
Ao lado da tragédia que se abateu sobre os alemães, o filme dirigido por Brian Percival mostra o aspecto sombrio das narrativas feitas pela voz da "morte", insensível e fria, sem conexão com os fios do destino, como se não houvesse uma justiça maior impedindo atos arbitrários na Criação.
 
O século 20 foi extremamente dramático com suas guerras sangrentas. Hitler se envolveu de ódio, semeando miséria e decadência, em vez de pôr o seu carisma a serviço da elevação e nobreza humanas. Através do filme, repleto de belas imagens e excelente música, podemos ter uma pálida ideia de como a vida se tornou difícil na Alemanha daquela época em virtude da crueldade de Hitler e seu malogro conduzindo o povo para a ruína. Ele mandou queimar os livros que não atendessem seus egoísticos fins e à sua mania de grandeza.

Em 1938, a polícia nazista prendeu Abdruschin, pseudônimo do escritor alemão Oskar Ernst Bernhardt (1875 – 1941), devido à sua obra em que demonstrava a preocupação em auxiliar a evolução espiritual da humanidade buscadora da Luz da Verdade. Seus textos eram destinados à compreensão da gravidade daquela época triste do século 20, com guerras, crise econômica, miséria, suas causas e a indicação dos caminhos para escapar do abismo vindouro. Abdruschin também incomodava por ser contrário à perseguição aos judeus. Alegando que a obra do autor, que visava o progresso espiritual da humanidade, influenciava negativamente o povo alemão, ele foi aprisionado pela Gestapo, além de ser retirado do convívio de seus amigos, teve os seus bens confiscados.

Através das lendas e mitologia, os alemães tinham um leve pressentimento sobre o Santo Graal, a chama vermelha da vida, mas como a humanidade em geral, mas com a adoção dos conceitos criados pela Igreja, foram afastados desse saber, que vinha do passado longínquo. Abdruschin desmistificou o saber sobre o Graal, ofertando um valioso presente. Conforme palavras dele: “Escrevi a Mensagem do Graal, que eu ansiava trazer à humanidade.  Essa Mensagem contém o saber da atuação completa da Criação, sem lacunas. Nela os seres humanos reconhecem os caminhos que devem seguir, a fim de alcançarem a paz interior e com isso uma atividade alegre já aqui na Terra.”
 
No entanto, em face à continuada decadência espiritual da humanidade, nada foi como poderia e deveria ter sido. Os elevados valores deixaram de ser aproveitados na melhoria das condições de vida e no progresso espiritual. No pós-guerra houve momentânea sensibilização, mas logo a seguir a imagem dos dias difíceis se foram apagando da memória, e de novo a humanidade trilhou o caminho da indolência espiritual.
 
Ao fazer as escolhas que fez, mediante o seu livre-arbítrio, a humanidade perdeu a oportunidade de resgatar e se libertar dos erros milenares para alcançar a condição verdadeiramente humana, tendo permanecido sintonizada nas concepções erradas, mantendo a tendência de preparar um futuro cada vez mais funesto para si, fato que percebemos claramente nos caóticos acontecimentos que aumentam diariamente.
 
Atualmente, enfrentamos uma era de crises sem precedentes na economia, nas alterações climáticas, no desassossego e inquietação da humanidade; uma época de transição na qual não se sabe exatamente para onde estamos indo. Há uma luz no fim do túnel? Essa deveria ser a Luz da Verdade, sobre o sentido da vida e o saber da Criação, mas isso é tarefa individual. Cada ser humano deve estar atento para ouvir o chamado que parte do seu eu interior mais íntimo, querendo despertá-lo para a vida real.
 
A Mensagem do Graal permanece à disposição dos humanos há décadas. Embora se constitua numa verdadeira Universidade Espiritual, ela ainda é pouco conhecida, pois a espiritualidade não tem sido a prioridade na educação para a vida, embora seja a condição essencial para o desenvolvimento integral, elevando os seres humanos e a cultura, capacitando-os para construir um mundo em paz e harmonia. Quando se começa a compreender a Mensagem do Graal, só agradecimento de todo coração ao Criador, deveria ser a nossa prece.



Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Hotel Transamerica Berrini e é associado ao Rotary Club de São Paulo. É articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. É também coordenador dos sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br, e autor dos livros: “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”;“2012...e depois?”;“Desenvolvimento Humano”; “O Homem Sábio e os Jovens” ,“A trajetória do ser humano na Terra – em busca da verdade e da felicidade”; e “O segredo de Darwin - Uma aventura em busca da origem da vida”(Madras Editora). E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7
Comentários:


domingos ferreira lima (dominiccan@bol.com.br) comentou em 07/05/2014 - 21:05:07

É com grande respeito que agradeço ao Pai da Luz por ter o Sr. atualmente na materia grosseira e nos auxiliar em conhecimentos espiritual
Grande Abraço


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